São, neste momento, 1 hora e 49 minutos da manhã. Estou de férias. Mas a cabeça continua a funcionar, apesar do tempo quente. Olho para um lado e para outro e percebo que estou sozinho. Dormem os vizinhos, há sossego no ar.
Directamente de Faro proponho uma reflexão. Esta muito pessoal, daquelas que significa abrir o coração (o meu por sinal) para o mundo.
Acabo de ter a confirmação de que uma chefe de divisão, de um determinado instituto público onde exerci funções, acaba de perder esse lugar. Estou a falar de uma pessoa que me prejudicou imenso, em colaboração com mais duas raparigas tontas e demasiado bem mandadas. Ainda hoje guardo as provas visíveis dessa malfadada orientação espiritual a cargo da mandante (dessa sobram as suspeitas óbvias, faltam as provas práticas, das outras, sobram as provas incriminadoras e as suspeitas comprovadas pessoalmente e devidamente confrontadas).
À boa maneira do ser humano, quando recebi a notícia, quis sentir felicidade por esta ironia da vida. Mas neguei logo, imediatamente, essa minha falha. Seria demasiado pequeno da minha parte.
Vai daí, senti-me grande por não ter desejado mal (e a bofetada de luva branca é essa mesmo), ciente que de uma maneira ou outra, os feudos, as ditaduras, a falta de inteligência, a maldade e burrice com que uma pessoa como aquela desempenhou as suas funções caíram por terra assim... pela porta pequena.
Talvez agora encontre paz na sua própria crueldade.
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