Seguramente, mau demais para ser verdade. Não quero cair na tentação de falar mal só por falar. Agora, perante o resultado adverso, não faltarão as críticas, nem os insultos. Todavia, ninguém é de ferro, ninguém é insensível, ninguém fica indiferente à raiva que sentimos, tanto pela frustração de quem não consegue atingir os seus objectivos, como pela bagunça que por aí vem na selecção de todos nós.
Quis, desde o início, mentalizar-me que as coisas poderiam bater certo. Mas, por muitas voltas que desse, ia sempre acabar neste feeling de que não íamos fazer grande coisa a terras africanas.
Os tiques de vedetismo; a falta de resposta a quem apenas queria contactar com os jogadores e restante equipa lusa, gente simples como eu, que apesar das críticas que aqui escrevo, é portuguesa com muito orgulho; a ausência de rigor nos treinos e na preparação dos jogos que disputámos; as ideias loucas de Queiroz e apesar da sua retórica, muito mal explicadas aos adeptos; a sensação de que o barco ia ao fundo mas onde continuava a tocar a orquestra; a entrada amorfa contra a Costa do Marfim; a nulidade contra o Brasil (apenas atenuada antes pela goleada à Coreia do Norte - agora se entende que o excesso de golos fez falta para outros jogos); a indisciplina que foi mais ou menos abafada; a falta de pulso naquele balneário; o vedetismo exarcebado de Cristino Ronaldo (sim, deveria ter feito muito muito muuito mais pela selecção), terminando na sua resposta mal educada de quem nunca passará de um puto mimado, iludido pelo sucesso que um dia passará e com a falta de humildade de quem perde uma bola e não ajuda os colegas; passando pela falta de cortesia de alguns atletas que simplesmente não souberam ficar calados, enfim...
Hoje reconhecemos que foi mau. Muito mau. Contudo, o pior está para vir. O impacto que algumas declarações têm já hoje e terão nos próximos dias confirma isso mesmo. O clima está mau e ninguém tem mão para segurar um conjunto de alguns meninos. O professor não foi capaz. A federação, veremos.
Viva Portugal, sempre. Ao menos que o patriotismo não esteja dependente de resultados. Mas estará sempre ligado ao que fazemos pelo nosso país. Daqueles portugueses (uns mais que outros, não quero ser injusto) não vimos tudo o que deveríamos ter visto.
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