sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

IOL Música - Simply Red acabam ao fim de 50 milhões de discos vendidos

IOL Música - Simply Red acabam ao fim de 50 milhões de discos vendidos: "«Boa noite, adeus, os Simply Red não existem mais», declarou Mick Hucknall, vocalista dos Simply Red perante uma plateia repleta, este domingo, na O2 Arena de Londres.

Os músicos britânicos puseram assim um ponto final na sua carreira de 25 anos e mais de 50 milhões de discos vendidos.

A música «Holding Back the Years», um hit incontornável da carreira da banda, encerrou a actuação.

O Simply Red surgiram em 1984 na cidade de Manchester e deram logo nas vistas - não só pela cabeleira ruiva de Mick Hucknall, compositor, vocalista e actualmente o único membro original da banda. O grupo lançou ao longo de 25 anos 14 álbuns de temas originais e um best- of.

A banda passou por Portugal em 2007, para um concerto no Pavilhão Atlântico, e regressou no ano seguinte, para outra actuação no Algarve."

in http://www.tvi24.iol.pt

Prisão de Guantánamo não será encerrada tão cedo, admite porta-voz da Casa Branca

Prisão de Guantánamo não será encerrada tão cedo, admite porta-voz da Casa Branca: "O porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs assegurou hoje que a prisão de Guantanamo não será encerrada nos tempos mais próximos, renovando o desafio junto do campo republicano para que esta questão seja discutida com a Administração Obama.

Robert Gibbs referiu ao canal televisivo CNN que o encerramento de Guantanamo não irá ocorrer certamente no próximo mês, numa referência ao compromisso feito pela Administração norte-americana de fechar aquela prisão quando Barack Obama foi eleito para a Casa Branca.

O porta-voz referiu que o fecho de Guantanamo depende da vontade dos republicanos em analisar esta questão com a Administração Obama e que o general David Petraeus, comandante em chefe das forças internacionais no Afeganistão, devia ser ouvido sobre esta questão."

In ionline.pt

Mais de 600 mil desempregados disputam mercado de trabalho em 2011

Mais de 600 mil desempregados disputam mercado de trabalho em 2011: "Portugal chegará a 2011 com mais de 600 mil desempregados, o nível mais alto em cerca de 30 anos, mas os economistas estimam que a trajetória de subida do desemprego ainda demore mais algum tempo a passar.
Depois de um ano difícil, com os sinais de recuperação da economia ainda fracos (o PIB avançou 0,3 por cento no terceiro trimestre face ao anterior), e sendo o mercado de trabalho habitualmente o último a recuperar de um período de crise, as perspetivas para 2011 não são ainda otimistas.
De acordo com os últimos valores divulgados pelo INE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 10,9 por cento no terceiro trimestre de 2010, agravando-se dos 9,8 por cento observados em igual período do ano passado.
Este valor retomou o ciclo de subidas da taxa de desemprego em Portugal iniciado há dois anos (no segundo trimestre 2008), com o mercado laboral a sofrer os efeitos da crise económica que se alastrou por toda a Europa.
O agravamento do desemprego tem sido o cenário mais provável traçado pelos economistas para o próximo ano, mas, se de um lado, há quem acredite no congelamento do mercado de trabalho, há também quem preveja uma subida da taxa de desemprego, embora a um ritmo menor."

Página Oficial do Portimonense Sporting Clube

Página Oficial do Portimonense Sporting Clube: "Realizou-se no passado dia 11 de Dezembro uma acção de solidariedade de recolha de alimentos de longa duração dinamizada pelos Pongas, a Escolinha de Futebol da Associação Académica Bela Vista.

Esta acção contou para além da colaboração dos pais dos jovens craques e de diversos populares com o apoio do plantel do Portimonense Sporting Clube, equipa que joga na Superliga Nacional.

Os alimentos doados pelos jogadores do plantel foram entregues recentemente ao Prof. João Carmo numa cerimónia que decorreu nas instalações do Portimonense Sporting Clube."

Nuno Silva - Blog Próprio

Nuno Silva - Blog Próprio

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E DE REPENTE...POR 15 EUROS

As minhas desculpas por avanço. Não sou muito de dar eco a tanto "moralismo" que por aí grassa na net. Mas a isto, e porque sou pai, não consegui ficar insensível...

Só 15,00 €

Um homem chegou a casa tarde, vindo do trabalho, cansado e irritado, e encontrou o seu filho de 5 anos esperando por ele na porta de casa.

Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?

O que é? Respondeu o homem.

Pai, quanto é que você ganha por hora?



Isso não é da tua conta. Porque é que estás perguntando uma coisa dessas?

Respondeu o Pai em tom agressivo.

Eu só quero saber. Por favor, diga-me quanto é que o pai ganha numa hora?

"Se queres saber, eu ganho 15,00 € por hora."

Ah..." o menino respondeu, com a sua cabeça para baixo.

Pai, pode-me emprestar 7,50 €?

O pai ficou furioso, "Essa é a única razão pela qual me perguntaste isso? Pensas que é assim que podes conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou alguma outra coisa? Vai para o teu quarto e deita-te. Pensa sobre o quanto estás sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades.

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.

O Pai sentou-se e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do filho. Como ele ousa fazer tais perguntas só para conseguir algum dinheiro?

Após cerca de uma hora, o homem tinha-se acalmado e começou a pensar:

Talvez houvesse algo que o filho realmente precisava comprar com esses 7,50 € e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência. O homem foi para a porta do quarto do filho e abriu a porta.

Estás a dormir, meu filho, perguntou.

Não pai, estou acordado, respondeu o filho ..

Eu estive a pensar, talvez eu tenha sido muito duro contigo à pouco, afirmou o Pai. "Tive um longo dia e acabei descarregando sobre ti. Aqui estão os 7,50 € que me pediste. "

O menino levantou-se sorrindo. "Oh, pai obrigado, gritou. Então, procurando por baixo do seu travesseiro, rebuscou alguns trocados amassados.

O Pai viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a enfurecer-se novamente.

O menino lentamente contou o seu dinheiro , e em seguida olhou para o pai..

Por é que queres mais dinheiro se já tinhas algum? Gritou o pai.

Porque eu ainda não tinha o suficiente, mas agora já tenho, respondeu o menino.

" Pai, eu agora tenho 15,00 €. Posso comprar uma hora do teu tempo? Por favor, chega mais cedo amanhã a casa. Eu gostaria de jantar contigo."

O pai ficou destroçado. Colocou os seus braços em torno do filho, e pediu-lhe desculpa.

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida. Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente são importantes para nós, os que estão perto do nosso coração. Não te esqueças de compartilhar esses 15,00 € do valor do teu tempo, com alguém que gostas/amas.

Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos a trabalhar, poderá facilmente substituir-nos numa questão de horas. Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas...

domingo, 12 de setembro de 2010

11 DE SETEMBRO

Fez ontem nove anos. E ninguém esquece. Ao mesmo momento que escrevo estas linhas, vejo um documentário (mais um, mas ainda bem porque isto não merece um segundo de esquecimento) no Canal História. É mau, dói a alma e continua a doer.
Eu não tinha amigos lá, nem sequer conhecia quem morreu ou sobreviveu. Mas, neste drama, não há apenas dores pessoais. Há a dor de um mundo. De um mundo que acredita na democracia, nos valores da liberdade e de uma sociedade livre e justa.
Dir-me-ão que os americanos não são o exemplo disto. Há por aí uma corrente de alguns "iluminados" que atiram em tudo o que é americano.
Eu sei que os EUA erram. Erraram em Timor e isso custou-me muito.
Erraram noutros sítios do planeta e pagaram um preço muito alto.
Agora, dizer que um atentado destes, onde não morreram militares porque ali não havia guerra, ou seja, apenas morreram inocentes que trabalhavam e outros inocentes que os foram tentar salvar, é um castigo para as posições americanas é, para mim, uma barbaridade.
Quem semeia ventos, colhe tempestades. Durante algum tempo, fartei-me de ouvir isso. Mas não aceito.
O atentado bárbaro cometido por uns lunáticos mereceria um castigo duro. Não misturo o islão no seu todo com o que aconteceu, mas aponto o radicalismo como fonte maligna para o ocorrido.
Morreu muita gente inocente. Ficou bastante doente uma parte do mundo naquele dia.
Que isso fique pérpetuo na nossa memória.

sábado, 11 de setembro de 2010

LIVRO DAS MINHAS FÉRIAS

Acabo de ler o livro que partilhou comigo as minhas férias (ou melhor dizendo, parte delas). A minha escolha, este ano, recaiu em Carlos Brito, nomeadamente, no seu livro intitulado Álvaro Cunhal - Sete Fôlegos do Combatente, das Edições Nelson de Matos.
Embora sendo uma primeira vez em relação ao autor, não foi certamente a primeira vez que li algo sobre Álvaro Cunhal, político português, líder histórico do Partido Comunista durante muitos anos, tendo falecido em 2005.
Ler algo sobre Álvaro Cunhal leva-nos quase sempre para o campo da paixão ou do ódio. Todavia, embora estes campos opostos se mantenham actuais, o culto da sua personalidade, goste-se ou não, ainda hoje intriga muita gente, levando a que os livros publicados sobre o próprio tenham parte desse mistério integrado, o que supõe uma maior curiosidade na leitura dos mesmos.
Não fugi à regra, como é lógico. Posso não concordar com a defesa ideológica intransigente que o PCP tem feito ao longo dos tempos, atitudes traduzidas na sua forma de estar e pensar, mas não deixo de pensar que o partido, enquanto organização que visa a democracia, tem feito falta ao xadrês político português.
Sobre Álvaro Cunhal apenas sei o leio. Seja bom ou mau. Sejam as fontes mais ou menos verdadeiras.
Quando soube que Carlos Brito iria publicar um livro sobre alguém com quem partilhou muitos anos de vida, estando em palcos vetados a muitos comunistas de base, isto é, podendo transmitir uma história "vista muito de dentro", quis logo comprar o livro. E, em boa hora o fiz.
Mesmo sabendo que nos últimos anos Carlos Brito foi-se afastando da linha conservadora e dominante do PCP, ou se preferirem, e noutro rigor, tendo sido afastado (basta recordar os 10 meses de suspensão a que foi condenado) de um mundo que ele próprio ajudou a construir, mais curiosidade tive em ler esta obra.
Ela poderia ser escrita à luz de um "acerto de contas". Mas não a li desse modo. Creio que Carlos Brito soube interpretar "à sua maneira", porque o livro é seu e as memórias também, o que me parece natural, toda uma experiência acumulada e fez fé de um relacionamento, digamos privilegiado, com Álvaro Cunhal, deixando-nos a boa parte de apreciarmos o político, mas também a pessoa, o camarada, o amigo.
Este livro foi mais um contributo para cimentar aquilo que penso de Álvaro Cunhal. Não veio colocar o dilema se foi bom ou mau, foi no meu entender as duas coisas, como somos todos provavelmente, veio simplesmente reconfirmar algumas suspeitas que tinha sobre erros políticos cometidos durante os primeiros anos da nossa democracia, embora também revele um estadista que passou por alguns do governos pós 25 de Abril, com trabalho produzido.
Creio que a sua parte mais fraca foram os seus últimos anos onde evitou que o PCP seguisse um caminho mais aberto à sociedade e sem perseguições internas, mas isto, é apenas uma opinião de quem vos escreve estas linhas.
Acertaram e erraram. Venceram e perderam. E, no fundo, esse é o resultado histórico que Carlos Brito enuncia nas suas conclusões.
A única coisa que desgostei neste livro está espelhada na página 272 e que me deixou bastante apreensivo. Nada que não suspeitasse e que esteja sempre presente cada vez que critico o PCP e o seu comportamente. Na parte final desta página, Carlos Brito escreve o seguinte "(...) eu não recusava a vigilância revolucionária em relação aos adversários políticos e aos inimigos da classe (...)". Tão perigoso quanto desnecessário, mesmo que estejamos a pensar numa frase de hoje e que tem por enquadramento os dias agitados que se viveram naquela altura.
Tirando isto, parabéns ao autor.

domingo, 22 de agosto de 2010

ONTEM FIQUEI À PORTA DA FESTA M80

Ontem fui um dos que ficou à porta da festa. Depois de duas horas de espera na fila, a ser ultrapassado pela direita constantemente (centenas de miúdos bem educados certamente), esperei pacientemente por um bocado de céu. Mas tal não foi possível. Uma afirmação prévia, nada contra a M80 que continua a ser a minha favorita neste momento, mas duas questões para reflexão posterior. Porquê a falta de organização do Faces ou de quem quer que seja (e não me venham com a "tanga" de um elevado número de pessoas que lá estavam)?
Segunda questão. Não tendo nada contra os miúdos (que fazem bem em enriquecer a sua cultura musical, embora a cara de todos eles demonstrasse o "frete" que se preparavam para fazer), porque é que não houve o tal "controlo de admissão" que deveria envolver uma avaliação das idades para que os miúdos não prejudicassem quem efectivamente queria mesmo entrar, não por por achar que temos o monopólio do gosto da música dos anos 70, 80 e 90, mas porque sabe dar valor real ao trabalho da M80?

(este comentário foi escrito também no Mural da M80, hoje dia 22 de Agosto)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SIM, SOU FÃ DOS ANOS 80

Para início de texto, espaço aos Delfins e à sua música (os melhores anos da nossa vida):
bem-vindos aos melhores anos
das nossas vidas
à colecção dos encantos
das almas fugidas
e ao presente vou brindar
festejar todas as vidas
que nunca se irão cruzar.
Desculpem o pretenciosimo, mas, para um fã de sempre dos Delfins, o início não poderia ser melhor.
Ao ouvir hoje a M80, uma das minhas fiéis companheiras em termos de rádio, não consegui deixar de me interrogar porque é que estão cada vez mais na moda as festas, as crónicas e as redescobertas de tudo o que diz respeito aos anos 80?
Parece-me simples. Porque há uma marca que ficou e que soube ser alimentada e transmitida ano após ano, década após década, de pais para filhos e de amigos para amigos.
Não acredito que haja apenas uma sensação de reviver com saudosismo tudo o que se passou. Pode haver laivos, mas mesmo esses sentimentos parecem-me demasiado genuínos para serem desprezados. Se assim não fosse, como é que explicaríamos que muitas das pessoas que não viveram esses anos, sejam hoje porta-vozes desse movimento?
Há uma marca. E essa diferença entre o que se faz hoje sem sentido, é a melhor maneira de preservar músicas e um conjunto de acontecimentos que lhe estão associadas. Por isso, respiramos fundo e dizemos "já não se faz nada assim". E, perdoem-me todos aqueles que apenas vêem non sense nisto, mas é verdade. Os anos 80 estão cada vez mais vivos. E ainda bem!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

HISTÓRIA DO DIA

A história do dia poderia bater na mesma tecla. Mais uma vez boa vontade, mais uma vez a teimosia deste aqui que escreve, mais uma vez nada. Porra, desculpem lá o desabafo. Pelas 9 horas e 20 minutos, nem um lugar para estacionar na Praia de Faro. Falta de lugares, de planeamento, de organização ou de vontade para resolver um problema que se arrasta e dá mau nome? Futuro, assim?
Nem me venham com a ideia do combóio, nada tenho contra ele. Mas onde andava???
Bem, larguemos isso. Comércio tradicional, é sobre isso que quero escrever. Depois da "tampa" que eu a minha filha levámos, eis que viemos até à baixa fazer compras e ver coisas diferentes.
De facto, e para minha surpresa, a principal artéria do dito comércio tradicional, até tinha gente a circular. Mas o pormenor que quero ressalvar, é um acto de coragem de levar alguma animação, não sei se no global ou apenas de uma loja.
Às horas que visitei a rua em causa, estava um DJ a passar música, dando um pouco de animação, pelo menos musical, a quem passava. Achei interessante. Um pequeno pormenor, que muitos certamente relevarão, mas que me mostrou que através de pequenas intervenções se pode marcar uma diferença, em vez de ficarmos entregues ao triste fado que o comércio local é um parente pobre e que tem o destino fatal traçado.
Não ignoro os problemas que os comerciantes passam por estes dias. Mas também sou daqueles que não gosta de ver as toalhas deitadas ao chão sem qualquer tipo de luta.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um Algarve ou vários?

Continuo de férias no Algarve, com muito gosto. A história de hoje, prende-se com precisamente o local das minhas férias. Nesta recta final, depois da mulher ter iniciado o seu trabalho, fiquei sozinho com a nossa filha, aproveitando a mesma rotina que tínhamos até então e que vai durar até à reabertura do infantário.
Pelas 9 horas da manhã, Fuseta. Como sempre, fila para o barco que nos leva até à praia naquela agitação que me parece já extremamente familiar. A propósito, embora não seja essa a história do dia, Fuseta, Fuseta, Fuseta. Aconselho.
Vamos ao assunto. Atrás de mim, entre aquilo que gosto muito que é ouvir falar francês por pessoas portuguesas emigradas (valha-nos a vergonha), sobressaíam umas vozes, essas sim lusas da Silva, atacando tudo o que mexia, porque era mau, porque o Algarve era isto e aquilo.
Com a miúda ao colo e de ouvidos cheios, lá foi trauteando a música que ouvia, cheio de curiosidade de saber de onde vinha tamanha sapiência (nomeadamente, de onde seriam os "artistas").
Com 36 anos de vida, já não sei se hei-de levar a mal estas coisas. Não deveria, mas ainda levo.
Dizia o Herman José, há alguns dias atrás, na RTP, aquando de um programa dedicado a Portimão, que as pessoas faziam muita confusão no Algarve. Acrescentava ainda que os tais arautos da desgraça algarvia, não conheciam suficientemente esta região para poderem falar sobre ela.
De facto, não há um Algarve. Há vários. E todos eles, encaixam bem nas nossas necessidades. Se me perguntarem se concordo com alguns dos Algarves que conheço, direi que não. Mas acrescentarei, logo de seguida, que se esse existe é porque há um segmento e uma procura para tal.
Mas misturar torres ou confusão a decibéis altos, com paisagens lindas e naturais, como a própria Fuseta onde tenho estado, com a Ria Formosa, com o interior algarvio, com a naturalidade vicentina, com o que de melhor têm os grandes aglomerados urbanos e que por vezes são preteridos em nome de outras "procuras", é continuar a ser teimosamente ignorante.
Para além dos costumes e tradições, da hospitalidade e saber receber, há vários Algarves que se complementam e que são ricos por isso mesmo.
Até existem Algarves para aqueles que tocaram uma música tão triste e de uma cultura tão pobre, como aquela que ouvi na fila para apanhar o barco esta manhã.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DESCULPEM LÁ QUALQUER COISINHA

Por norma, não costumo ter inveja das pessoas. A sorte conquista-se, o trabalho de cada um dá-nos o maior cartão de visita que podemos ter, a educação que temos vem do berço e a postura que assumimos tem a ver com muitas destas coisas.
Ando há algum tempo a perceber, todavia, e sem querer ser incoerente com o que escrevi, com a postura de alguns face aos seus próprios desafios profissionais que têm pela frente.
Aconselho a olharem bem para quem vos rodeia. Se repararem quem está no topo das hierarquias, geralmente, costumam ser as pessoas mais acessíveis da organização, ainda assim presas aos seus devaneios e comportamentos, mas sempre capazes de abrir a porta e de falar.
Porém, quem serve essas pessoas de topo, na maioria dos casos, e sem que isto seja personalizar ou indicar alguém especial, sofre do distúrbio de poder súbito, tornando-se dono de um pequeno poder que limita os outros.
Dir-me-ão os entendidos que todos queremos chegar a esses lugares e, depois de lá chegarmos, todos procedemos do mesmo modo. Aceito apenas parte desta história. Sim, não me importava de lá chegar, agora seria incapaz de agir do mesmo modo.
Eis a razão porque é que nunca lá chegarei.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

REFLEXÕES DE UMA TÍPICA NOITE DE VERÃO

São, neste momento, 1 hora e 49 minutos da manhã. Estou de férias. Mas a cabeça continua a funcionar, apesar do tempo quente. Olho para um lado e para outro e percebo que estou sozinho. Dormem os vizinhos, há sossego no ar.
Directamente de Faro proponho uma reflexão. Esta muito pessoal, daquelas que significa abrir o coração (o meu por sinal) para o mundo.
Acabo de ter a confirmação de que uma chefe de divisão, de um determinado instituto público onde exerci funções, acaba de perder esse lugar. Estou a falar de uma pessoa que me prejudicou imenso, em colaboração com mais duas raparigas tontas e demasiado bem mandadas. Ainda hoje guardo as provas visíveis dessa malfadada orientação espiritual a cargo da mandante (dessa sobram as suspeitas óbvias, faltam as provas práticas, das outras, sobram as provas incriminadoras e as suspeitas comprovadas pessoalmente e devidamente confrontadas).
À boa maneira do ser humano, quando recebi a notícia, quis sentir felicidade por esta ironia da vida. Mas neguei logo, imediatamente, essa minha falha. Seria demasiado pequeno da minha parte.
Vai daí, senti-me grande por não ter desejado mal (e a bofetada de luva branca é essa mesmo), ciente que de uma maneira ou outra, os feudos, as ditaduras, a falta de inteligência, a maldade e burrice com que uma pessoa como aquela desempenhou as suas funções caíram por terra assim... pela porta pequena.
Talvez agora encontre paz na sua própria crueldade.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

AI ESTES FILHOS DA NAÇÃO

Seguramente, mau demais para ser verdade. Não quero cair na tentação de falar mal só por falar. Agora, perante o resultado adverso, não faltarão as críticas, nem os insultos. Todavia, ninguém é de ferro, ninguém é insensível, ninguém fica indiferente à raiva que sentimos, tanto pela frustração de quem não consegue atingir os seus objectivos, como pela bagunça que por aí vem na selecção de todos nós.

Quis, desde o início, mentalizar-me que as coisas poderiam bater certo. Mas, por muitas voltas que desse, ia sempre acabar neste feeling de que não íamos fazer grande coisa a terras africanas.

Os tiques de vedetismo; a falta de resposta a quem apenas queria contactar com os jogadores e restante equipa lusa, gente simples como eu, que apesar das críticas que aqui escrevo, é portuguesa com muito orgulho; a ausência de rigor nos treinos e na preparação dos jogos que disputámos; as ideias loucas de Queiroz e apesar da sua retórica, muito mal explicadas aos adeptos; a sensação de que o barco ia ao fundo mas onde continuava a tocar a orquestra; a entrada amorfa contra a Costa do Marfim; a nulidade contra o Brasil (apenas atenuada antes pela goleada à Coreia do Norte - agora se entende que o excesso de golos fez falta para outros jogos); a indisciplina que foi mais ou menos abafada; a falta de pulso naquele balneário; o vedetismo exarcebado de Cristino Ronaldo (sim, deveria ter feito muito muito muuito mais pela selecção), terminando na sua resposta mal educada de quem nunca passará de um puto mimado, iludido pelo sucesso que um dia passará e com a falta de humildade de quem perde uma bola e não ajuda os colegas; passando pela falta de cortesia de alguns atletas que simplesmente não souberam ficar calados, enfim...

Hoje reconhecemos que foi mau. Muito mau. Contudo, o pior está para vir. O impacto que algumas declarações têm já hoje e terão nos próximos dias confirma isso mesmo. O clima está mau e ninguém tem mão para segurar um conjunto de alguns meninos. O professor não foi capaz. A federação, veremos.

Viva Portugal, sempre. Ao menos que o patriotismo não esteja dependente de resultados. Mas estará sempre ligado ao que fazemos pelo nosso país. Daqueles portugueses (uns mais que outros, não quero ser injusto) não vimos tudo o que deveríamos ter visto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PORTIMONENSE NA PRIMEIRA LIGA

Finalmente, conseguimos. Nestas horas e dias que se seguem de festa, em que nos sentimos todos de parabéns, creio que devemos olhar para o futuro com optimismo. Todavia, sem beliscar esta última frase, nem tão pouco por ter receio da pergunta sobre a qual ando a reflectir, devemos também perspectivar um clube que se deve manter unido, sólido e capaz de ser apenas o que pode ser. Por isso mesmo, fica a pergunta que me anda a consumir: e agora Portimonense?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

CARTA ABERTA AOS PORTIMONENSES

Numa altura em que as veias literárias deitam cá para fora o que vai na alma dos seus amos, não quero deixar de expressar o que me vai na mente.

Amanhã, se Deus quiser, mesmo em recuperação da minha intervenção cirúrgica, estarei presente em Oliveira de Azeméis para assistir ao jogo do ano.

Eu sou do Portimonense, quer perca quer ganhe. Sou deste clube desde pequenino porque é o clube da minha terra. E, embora não partilhe este amor sozinho com o Portimonense, porque tenho um outro clube de quem gosto na mesma proporção e medida (não tenho rodeios de o afirmar porque não sou hipócrita como tantos outros que também os têm mas não o dizem), sei perfeitamente o que quero para este clube, qual a dimensão que ele deve ter e o sítio onde deve estar.

Pela segunda vez na minha vida tenho responsabilidades neste clube. Fui director nos anos de 2000 a 2003 e sou Vice-presidente desta direcção que iniciou funções em Outubro de 2006.
Em suma, continuo o mesmo adepto, embora com mais responsabilidades. Mas mesmo essas, que não me retiraram do chão (continuo a mesma pessoa), apenas vieram confirmar aquilo que penso: um clube é sempre dos e para os adeptos.

São eles, ou seja todos nós, que amanhã sentiremos o coração mais acelerado e o tempo a passar demasiado rápido ou lento, conforme o resultado em campo e a conjugação dos outros resultados fora dele.

Eu sou pessimista, sempre fui, confesso. Mas lá no fundo, quem me conhece, sabe que sou um optimista disfarçado que apenas se tenta proteger sempre dos eventuais maus resultados. Todavia, para que não subsistam dúvidas, tenho fé para amanhã. Mais do que ninguém quero o clube na Primeira Liga.

E tenho fortes razões para isso.

Destaco três grandes ideias.

Primeira: o clube está bem estruturado financeiramente e apesar dos resultados consolidados que nos impõem respeito, estou crente que a nossa eventual passagem pela divisão superior, não nos desviará do rumo traçado, antes nos trará outro campo de investimentos positivos;

Segunda: embora seja um crítico permanente da nossa passividade social (em termos de cidade e de apoios empresariais face ao clube), os recentes sinais que os portimonenses e não só transmitiram ao clube parecem-me interessantes. É certo que em tempos onde se vislumbra sucesso todos tendem a aparecer para dar palmadinhas nas costas, mas quero crer que está criada uma onda que nos permite sonhar com um tipo de apoio social/económico que não temos sentido;

Terceira: somos de facto um dos maiores embaixadores do município e da região e queremos continuar a sê-lo. A nossa missão passa por ir ao encontro do apoio institucional que temos tido por parte da Câmara Municipal de Portimão, justificando o investimento que é feito (refiro-me aqui especificamente aos apoios que nos são dados pela utilização da imagem), sendo mais um agente de promoção desta terra e da nossa gente. O palco da primeira liga pode proporcionar outros projectos. Apenas temos de saber interpretá-los.

Por tudo isto faz sentido ganhar. E eu penso que o conseguiremos, desde que todos os atletas e equipa técnica saibam entender que a história conquista-se e que “as finais são feitas para ganhar”. Tão só.

Não posso rematar este texto sem escrever uma verdade que apenas confirma tudo o que escrevi. Independentemente do que se passar amanhã, continuarei contente pelo que fizemos até aqui. Este é o nosso melhor cartão-de-visita quando entrarmos em campo amanhã.

Nuno Miguel Lopes da Silva
Sócio n.º 650

terça-feira, 23 de março de 2010

SERÁ QUE VALE A PENA?

Bem sei que escrever em causa própria é complicado e pode ser entendido como arbitrário. Mas a questão, colocada como tal, merece o correr de tais riscos. Falemos de futebol. Mas não só. Falemos de uma cidade, de um concelho e de uma região que é a minha, a sua e a de todos nós, sejam nascidos ou adoptados: o Algarve.
O caso do Olhanense tem-me deixado de sobreaviso. Sem falsas emoções, isto é, sem deixar que a rivalidade algarvia pudesse minar o que verdadeiramente sentia, na época passada, apoiei e fiquei feliz por o Olhanense ter subido à Primeira Liga do futebol português. Era e é bom para esta região.
Todavia, uma certa apatia que fui notando ao longo do tempo, na questão da angariação dos apoios monetários e sociais necessários para que a sua passagem seja mais do que uma curta visita, foi-me deixando apreensivo. E não tardei em olhar para o vizinho do lado…
Confesso que não tenho com o Olhanense a mesma relação que tenho com o Portimonense. Sou sócio do clube alvinegro, actualmente sou seu dirigente e, a par disto, enquanto homem nascido e criado em Portimão com muito orgulho, estou habituado a servir em muitas das associações deste concelho e, por isso, sou um conhecedor do estado das coisas.
Por isso, inquieto-me com a nossa apatia quase histórica. Não se trata de arranjar aqui um rol de acusadores e acusados. Trata-se apenas de pensarmos mais uma vez se valerá a pena o Portimonense subir de divisão sem o devido apoio monetário e o apoio popular (também muito importante)? Esta é a questão.
Independentemente da reflexão que julgo necessária, a minha opinião mantém-se, ou seja, o Portimonense, se conseguir, porque milita num campeonato muito competitivo, deve subir de divisão. Todavia, a par disto tem de haver uma reaproximação das pessoas ao clube e um certo comodismo a que estamos habituados, deverá ceder em nome de uma nova atitude.
Hoje, muitos têm sempre a tendência de colocar o ónus da culpa do lado dos outros, isto é, se os clubes não funcionam é porque os seus dirigentes, atletas e colaboradores não são capazes. E, como sabemos, o mundo de futebol é isto mesmo, hoje os maiores, amanhã os piores.
A profissionalização dos clubes, exigiu uma nova forma de gestão, por vezes, mal aplicada, mas, regra geral, e ainda bem que assim o é, num maior número de ocasiões, capaz de ir ao encontro dos novos desafios.
Apenas aqueles clubes que encontrarem uma massa adepta exigente, crítica mas leal, tão participativa como constante, conseguirão ter sucesso. Esta máxima não é conversa tola. É a consequência de uma entrega que faz andar a roda, isto é, que traz ao clube visibilidade e que o empurra para outros voos.
Lembro aqui, porque fui o responsável por essa ideia a nível intermédio, o facto de que por diversas vezes termos aberto o então Estádio do Portimonense ao público, tentando promover esse tal reencontro com as pessoas. O meu espanto foi enorme. As pessoas, mesmo assim, continuavam passivas, descrentes e pouco audazes.
É sempre mais fácil dizer que não há mecânica deste lado. O complicado é entender que se não houver essa participação, se não conseguirmos curar essa doença de que todos os portimonenses padecem, tudo ficará igual, isto é, continuaremos a ver os outros nos lugares que sentimos ter direito.
Desde há muito tempo que tenho vindo a abordar esta passividade. Não é de agora. Todavia, depois de um jogo onde tudo correu mal há dois fins-de-semana, e perante a recta final deste campeonato, faz todo o sentido deixar aqui essa questão de uma forma que não pretende ser ofensiva mas procura ser honesta.
Costuma-se dizer que em tempos difíceis e em que se requer união e participação, surgem atitudes que marcam e fazem a diferença. Será que temos capacidade de aprender essa lição?
A bola ainda está no nosso lado.

Publicado no Jornal Barlavento, edição de 18 de Março de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mil Visitas

Reparo agora que este blog, apenas alimentado pelos artigos que vou escrevendo para a comunicação social regional e nacional, chegou às mil visitas. Interessante e, ao mesmo tempo, um claro motivo de orgulho para o autor. Obrigado a todos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010

A todos os que seguem este blog, desejo de uma forma sincera que o novo ano vos traga as melhores concretizações, sejam de que âmbito for. Bom ano.
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